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Ameaças contra mulheres barram envolvimento político, diz ONU

Por Dina Kartit

(Reuters) – A violência e as ameaças contra mulheres ainda agem como um impedimento para seu envolvimento na política, disse a organização de igualdade de gênero da ONU, apesar de mais mulheres ocuparem cargos públicos.

Dados mostraram que o número de mulheres em cargos de liderança política, tanto no governo quanto no parlamento, melhorou em geral, embora algumas regiões, como o Oriente Médio e o Norte da África, fiquem muito atrás.

“A violência e as ameaças contínuas – online e offline – contra mulheres líderes, candidatas e eleitoras prejudicam o potencial de suas vozes e conhecimento para trazer a mudança que é tão urgentemente necessária para a recuperação econômica e social”, disse a diretora-executiva da ONU Mulheres, Sima Bahous, em um comunicado.

“A democracia plena precisa da participação igualitária das mulheres em todos os seus processos”, acrescentou o órgão da ONU em seu relatório na terça-feira, antes do Dia Internacional da Mulher.

Em 1º de janeiro, 17 de 151 países (11,3%) tinham mulheres como chefes de Estado (sistemas baseados em monarquia excluídos) e 19 de 193 países (9,8%) como chefes de governo, melhorando em relação há uma década, quando os números ficaram em 5,3% e 7,3%, respectivamente.

De todas as regiões, a Europa ficou em primeiro lugar com 16 países liderados por mulheres.

As mulheres representavam 22,8% dos membros de gabinete em todo o mundo em 1º de janeiro.

As maiores proporção foram na Europa e América do Norte, seguidas por América do Sul e Caribe. As menores representações femininas foram na Ásia Central e Meridional e nas Ilhas do Pacífico (excluindo Austrália e Nova Zelândia), onde não havia mulheres em gabinetes em nove países.

Os dados da organização também mostraram que o número médio global de mulheres nos parlamentos nacionais aumentou para 26,5% em 1º de janeiro, ante 25,5% há um ano.

A região que agrupa o Oriente Médio e o Norte da África permaneceu na parte inferior do ranking regional, com menos de 18% de mulheres no parlamento, mostraram os dados da ONU Mulheres.

(Reportagem adicional de Diana Mandiá)

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