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China observa resposta mundial à guerra na Ucrânia e não cruzou linha de ajuda letal à Rússia, diz Blinken

Por Patricia Zengerle e Simon Lewis e Humeyra Pamuk

WASHINGTON (Reuters) – A China está observando “com muito cuidado” como Washington e o mundo respondem à invasão da Ucrânia pela Rússia, mas ainda não cruzou a linha de fornecer ajuda letal a Moscou, afirmou o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, nesta quarta-feira.

Falando logo após a visita a Moscou do presidente chinês, Xi Jinping, Blinken disse em uma audiência no Senado que se a Rússia tivesse permissão para atacar seu vizinho impunemente, isso “abriria uma caixa de Pandora” para possíveis agressores e levaria a um “mundo de conflito”.

“O que está em jogo na Ucrânia vai muito além da Ucrânia. Acho que tem um impacto profundo na Ásia, por exemplo”, disse Blinken, observando que o Japão e a Coreia do Sul foram os principais apoiadores da Ucrânia no conflito.

No entanto, ele disse não acreditar que a China tenha fornecido ajuda letal a Moscou.

“Enquanto falamos hoje, não os vimos cruzar essa linha”, disse Blinken em uma audiência do subcomitê de apropriações do Senado, a primeira das quatro vezes que ele testemunhará para comitês do Congresso nesta semana.

Blinken testemunhou na quarta-feira ao Comitê de Relações Exteriores do Senado.

A invasão da Rússia levou a debates sobre como a guerra afetará o pensamento militar da China em relação a Taiwan, a ilha autônoma que Pequim vê como território soberano chinês.

“Acho que se a China está olhando para isso – e eles estão olhando com muito cuidado – eles vão tirar lições de como o mundo se une, ou não, para enfrentar essa agressão”, disse Blinken.

Xi e o presidente russo, Vladimir Putin, se cumprimentaram como “queridos amigos” quando se encontraram no Kremlin e discutiram as propostas da China para uma resolução para o conflito na Ucrânia.

“Eles têm um casamento de conveniência – não tenho certeza se é convicção. A Rússia é um parceiro minoritário nesse relacionamento”, disse Blinken.

(Reportagem de Simon Lewis, Humeyra Pamuk e Patricia Zengerle; reportagem adicional de Doina Chiacu)

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