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Novas estratégias aplicadas nos golpes bancários

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Fotografia de MixVale.com.br

A cada nove segundos, um cidadão é alvo de golpistas no Brasil. O segmento mais impactado é o de Bancos e Cartões, com 54,4% das tentativas. E logo depois, as Financeiras, com 17,8%. Os dados são de Serasa Experian, divulgados no ano passado. De acordo com a Federação Brasileira dos Bancos, no entanto, não há falta de segurança técnica por parte das empresas. O que favorece a ação dos criminosos é a falta de conhecimento dos clientes.

— Atualmente, os golpes bancários focam no cliente, utilizando o que chamamos de engenharia social, que é convencer o cliente a fazer algo ou fornecer credenciais de acesso. Existem algumas formas pra isso: a principal é o phishing, uma pagina falsa que imita o site da instituição e solicita os dados de acesso a vítima. Outras formas são malwares, que infectam o celular ou computador da vítima e ficam monitorando quando o cliente acessa o banco, para nesse momento assumirem o controle para fazer a fraude. Ainda existem outras abordagens como o call center falso e golpes que envolvem Pix. Todos acabam explorando o usuário e não falhas bancárias —explica Emilio Cini Simoni, CEO da AHT Security.

Todos os dias surgem estratégias novas de engenharia social para fraudes. Ou seja, ao invés de explorarem falhas nos sistemas dos bancos, os bandidos trabalham com artimanhas psicológicas para convencer os clientes a conceder espontaneamente informações que deveriam ser confidenciais, e que permitem o acesso pelos bandidos a contas e finanças. A melhor forma para se proteger de uma tentativa de golpe, portanto, é a informação.

Veja cinco estratégias em alta

Golpe do falso policial – O cliente recebe uma ligação do golpista, que finge ser um policial e alega que a conta da vítima foi invadida. Com a justificativa de que o cartão dela precisa passar por perícia, o bandido solicita a senha. Em seguida, diz que o cartão será retirado na casa do cliente e que ele deve ser cortado, mas sem danificar o chip. Buscando o cartão com o chip intacto, a quadrilha consegue fazer transações e roubar o dinheiro da vítima.

Como evitar – Nunca acredita em busca de cartão em domicílio. Se receber esse pedido, ligue imediatamente para o banco, de preferência de um outro telefone, para checar se houve algum problema com a conta.

Golpe do vírus do Pix – O fraudador entra em contato com a vítima se passando por um falso funcionário do banco, via e-mails, links e mensagens em aplicativos. Os falsos assuntos a tratar podem ser diversos: invasão ou clonagem de conta, movimentações suspeitas, entre outras artimanhas. O bandido então diz que vai enviar um link para a instalação de um aplicativo que irá solucionar o problema. Mas com isso, o criminoso ganha acesso a todos os dados que estão no celular.

Como evitar – O banco nunca liga para o cliente pedindo para que ele instale aplicativos ou faça transferências para resolver um problema. Nem solicita senha ou o número do cartão. Se receber esse tipo de contato, desconfie na hora. Desligue e entre em contato com a instituição financeira através dos canais oficiais e de um outro telefone para saber se algo aconteceu mesmo com a conta.

Golpe do falso emprego – Bandidos procuram informações de usuários que estão em busca de vagas de trabalho e se passam por falsas agências de emprego. Oferecendo vagas com excelente remuneração, os criminosos pedem que o interessado faça um curso rápido pago para poder se adequar à falsa vaga ou solicitam transferência em Pix para realização de falsos exames médicos.

Como evitar – Desconfie de contatos com essa abordagem e que apelem para a urgência. Não faça transações para pessoas físicas e, no caso de empresas, peça o CNPJ e confira a reputação delas em sites de reclamação. Para pagamentos em sites também é importante checar se há o cadeado de segurança no navegador.

Golpe do falso brinde ou presente de aniversário – Após descobrirem dados pessoais e datas de aniversários, quadrilhas de criminosos entram em contato com a vítima e dizem que têm um brinde para entregar, e insistem para que a pessoa receba o presente pessoalmente. Ao chegarem no endereço com flores ou cosméticos, por exemplo, os bandidos pedem o pagamento de uma taxa simbólica. A partir deste momento, os objetivos podem ser variados: o entregador pode ter uma maquininha com o visor danificado para cobrar valor acima do combinado ou desviar a atenção da vítima para que ela digite a senha no campo destinado ao valor da compra, a fim de descobri-la. Em posse da senha do cliente, o bandido pode, posteriormente, trocar o cartão.

Como evitar – Não forneça dados pessoais em links enviados pela internet de supostas promoções e tenha muito cuidado ao preencher cadastros na internet. Tampouco aceite presentes e brindes sem saber quem realmente mandou. Ao comprar algo em qualquer lugar, nunca entregue seu cartão para alguém inserir na maquininha e não faça pagamentos nesses objetos com o visor danificado. Lembre também que o campo de senha deve mostrar apenas asteriscos.

Golpe do falso investimento – Bandidos criam sites e perfis falsos em aplicativos de mensagens e em redes sociais se passando por corretores ou funcionários de instituição financeira. Eles oferecem opções imperdíveis de investimentos e pedem urgência para não perderem alguma vantagem.

Como evitar – Desconfie de contatos com essa abordagem e de quando o vendedor apela para a urgência para fechar o negócio. Nunca passe dados pessoais em aplicativos de mensagens ou em redes sociais. Na dúvida, sempre ligue para o banco. Fonte Extra

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