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Executivos de jornais encobriram comportamento ilegal, diz advogado do príncipe Harry

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Por Michael Holden

LONDRES (Reuters) – Executivos seniores do grupo de mídia Mirror Group Newspapers (MGN) autorizaram atividades ilegais generalizadas em seus tablóides, inclusive visando um membro da realeza britânica, afirmou nesta quinta-feira o advogado do príncipe Harry e de outros que processam a editora.

Harry, o filho mais novo do rei Charles, e mais de 100 outros, incluindo celebridades e figuras de destaque, estão processando a editora de publicações como Daily Mirror, Sunday Mirror e Sunday People.

Os reclamantes alegam que os jornais tiveram acesso habitual a fontes e informações privadas por grampos telefônicos, enganações e outros meios ilícitos entre 1991 e 2011. 

A MGN, agora propriedade da Reach, está contestando as alegações, argumentando que algumas reclamações foram feitas tarde demais, e rejeitando a maioria das outras. O grupo nega que qualquer figura importante tenha conhecimento de atos ilícitos. 

No segundo dia do julgamento no Supremo Tribunal de Londres, David Sherborne, o advogado que representa os reclamantes, disseque conhecimento e envolvimento em atos ilícitos iam direto ao topo da empresa.

“Em todos os níveis, a organização estava ocultando atividades ilegais porque estava bem ciente do quão prejudicial foi”, disse.

No início do julgamento na quarta-feira, documentos judiciais mostraram que a MGN pediu desculpas ao príncipe Harry por buscar informações sobre ele, afirmando que ele tinha o direito a indenização.

Harry, que não está no tribunal, deve prestar depoimento pessoalmente durante o julgamento de sete semanas no início de junho, o primeiro membro da família real britânica a fazê-lo desde o século 19, de acordo com imprensa local.

(Reportagem de Michael Holden)

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