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Imposto de Renda: Veja como investir o valor restituído

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Imposto de Renda: Veja como investir o valor restituído O primeiro lote da restituição do Imposto de Renda 2023 começa a ser pago nesta quarta-feira (31). Ao todo, segundo a Receita Federal, serão devolvidos R$ 7,5 bilhões a 4,1 milhões de contribuintes, uma média de R$ 1.829 por restituição. Usar o dinheiro extra é decisão que depende da situação e dos objetivos financeiros de cada um, mas o planejador financeiro Rafael Haddad, do C6 Bank, dá algumas dicas.

Para quem tem dívidas consideradas baratas, sobre as quais são cobrados juros baixos, a recomendação do especialista é aplicar o dinheiro em investimentos que “pagam” uma taxa maior.

“É difícil de acontecer, mas, com a taxa básica de juros em 13,75% ao ano, é possível que algumas pessoas tenham dívidas específicas, como um financiamento imobiliário antigo, que cobram juros menores do que [aqueles que] alguns investimentos pagam atualmente. Nesses casos, aplicar o dinheiro, mesmo estando endividado, pode ser uma boa opção”, opina.

Para quem está com dívidas em atraso, principalmente em modalidades mais caras de crédito, o melhor a fazer é usar a restituição para quitar os débitos. 

Reserva de emergência

Se o endividamento não for o caso, Haddad recomenda que a pessoa aproveite o valor que recebeu para começar a constituir uma reserva de emergência

Como o próprio nome diz, trata-se de um dinheiro guardado para imprevistos que exigem gastos repentinos. Ela é importante para quem perdeu o emprego, por exemplo.

Vale ressaltar que o valor dessa reserva tem de ser aplicado imediatamente e precisa ser posto em alguma aplicação em que possa ser rapidamente sacado. Essa característica é chamada de liquidez pelo mercado financeiro.

“É importante que o dinheiro reservado para emergências esteja em um investimento que ofereça uma boa previsibilidade de quanto vai render. Por isso, uma ideia é a renda fixa, com alta liquidez, para que você consiga resgatá-lo a qualquer momento que precisar”, explica Haddad.

Especialistas ouvidos pelo R7 recomendam as seguintes opções: Tesouro Selic, CDBs de liquidez diária ou Fundos DI com taxa zero de administração. Todos eles são de renda fixa e garantem remunerações regulares todos os meses.

O Tesouro Selic equivale aos títulos de dívida da União. Na prática, é um empréstimo para o governo brasileiro. É a opção considerada mais segura do mercado, com menor risco de calote. Isso porque, em último caso, um governo pode emitir a própria moeda para pagar suas dívidas.

Nessa opção, o dinheiro pode ser sacado a qualquer momento, sem prejuízos. A rentabilidade do Tesouro Selic (o lucro do investidor) está atrelada à Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira, que se encontra em 13,75% ao ano.

O título está disponível para compra no site do Tesouro Nacional, em bancos e em corretoras de investimentos.

Para Rafael Haddad, investir em renda fixa é o primeiro passo ideal para quem está começando a guardar dinheiro, em qualquer cenário. Mas, atualmente, o contribuinte ainda conta com um incentivo extra para fazer essa escolha.

“A taxa básica de juros da nossa economia está em um patamar historicamente alto. Por isso, vários títulos de renda fixa estão pagando remunerações atraentes”, diz.

A Selic é conhecida como taxa básica porque é a mais baixa da economia e funciona como piso para as demais taxas de juros cobradas no mercado.

Ela é usada nos empréstimos entre bancos e nas aplicações que as instituições financeiras fazem em títulos públicos federais.

Quem já tem reserva

Para aqueles que já têm uma reserva de emergência, Haddad tem outras sugestões. Ele afirma que o investidor pode encontrar outros ativos dentro do próprio segmento de renda fixa, com prazos maiores e melhores remunerações, para atingir objetivos de médio prazo. Um exemplo de meta seria pagar a faculdade dos filhos dentro de alguns anos.

“Estamos falando de opções como LCI, LCA, CRI, CRA, debênture e também títulos com outros indexadores, como os prefixados, que fazem sentido especialmente agora, já que o investidor trava uma taxa de juros alta, em um momento em que a expectativa é que os juros comecem a cair”, analisa o planejador financeiro do C6. 

Por fim, caso a pessoa já tenha uma carteira de investimentos montada para seus vários objetivos, investir o dinheiro da restituição em uma viagem ou em um curso são alternativas vantajosas, já que esses gastos também podem trazer retornos mais à frente.

“O importante é ter em mente quais objetivos se quer atingir e organizar a vida financeira para que eles se tornem possíveis. O dinheiro é apenas uma ferramenta para chegar lá”, diz Haddad. Fonte R7

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