Internacional

Líderes da Armênia e Azerbaijão dizem que a paz é possível, apesar das diferenças

(Reuters) – Azerbaijão e Armênia manifestaram esperança de alcançar um acordo de paz duradouro, apesar de suas divergências sobre o território de Nagorno-Karabakh, que disputam, disseram líderes dos dois países em entrevistas transmitidas nesta terça-feira.

Desde o colapso da União Soviética em 1991, o Azerbaijão e a Armênia travaram duas guerras por Nagorno-Karabakh, um pequeno enclave montanhoso parte do Azerbaijão, mas habitado por cerca de 120.000 armênios étnicos.

Após intensos combates e um cessar-fogo mediado pela Rússia, o Azerbaijão assumiu em 2020 áreas controladas por armênios étnicos dentro e ao redor do enclave montanhoso.

Desde então, os dois lados vêm discutindo um acordo de paz no qual chegariam a um consenso sobre fronteiras, resolveriam diferenças sobre o enclave e descongelariam as relações.

“Acho que é certo ter esperança”, disse o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, à televisão Euronews em uma entrevista realizada em 21 de julho na cidade de Shusha, em Karabakh, e transmitida nesta terça-feira.

“Se virmos uma abordagem construtiva do lado armênio e, mais importante, se eles deixarem de lado todas as aspirações de contestar nossa integridade territorial, poderemos encontrar uma solução de paz muito em breve, talvez até o final do ano.”

O primeiro-ministro da Armênia, Nikol Pashinyan, em outra entrevista à Euronews em Yerevan, em 26 de julho, também soou cautelosamente otimista.

“Não só pode, como deve haver paz. Essa é minha crença, minha posição… Mas para isso ocorrer, também é importante que a comunidade internacional esteja atenta a nuances importantes, e que esteja ciente do motivo pelo qual não há progresso em um ritmo suficiente.”

(Por Gareth Jones)

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