Brasil

Lula quer ações conjuntas de países amazônicos para serem levadas à COP28

Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira que tem grandes expectativas sobre a cúpula da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica, que acontece na próxima semana, em Belém, e que espera que se tire uma posição conjunta para levar à COP 28, em novembro, nos Emirados Árabes Unidos.

“Nós queremos preparar pela primeira vez um documento em conjunto de todos os países que têm floresta para que a gente chegue unido na COP28, nos Emirados Árabes, e para que a gente possa ter uma discussão muito séria com os países ricos”, disse o presidente em um encontro com representantes da imprensa internacional.

Chamada por Lula, a conferência tem a intenção de traçar um comunicado com posições conjuntas dos oito países da região em relação a metas e ações de proteção da floresta, em um diálogo que promete ser difícil, dada às diferenças de visão dos oito países — além de Brasil, estão na organização Guiana, Suriname Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia.

O presidente, no entanto, defende que é preciso ter uma posição comum para poder fazer pressão frente aos países ricos, em especial em relação ao financiamento de ações para proteção e desenvolvimento da região.

“A Amazônia não é só para admirar, tem que ajudar a preservar”, disse.

Além da declaração dos países da Amazônia, a cúpula deve ter também um documento em conjunto com a Indonésia, República do Congo e República Democrática do Congo — países que têm também florestas tropicais — na mesma linha de ações conjuntas e cobrança de uma ação maior dos países ricos no cumprimento de compromissos assumidos no Acordo de Paris.

REFLORESTAMENTO

Sem dar detalhes, o presidente disse ainda que pretende negociar com o setor empresarial um programa de reflorestamento de áreas degradadas com árvores que possam ser usadas pelo setor moveleiro. A medida seria parte de um conjunto de ações planejadas para recuperar áreas já desmatadas.

Segundo o presidente, seriam 30 milhões de hectares de áreas degradadas que poderiam ser recuperadas.

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