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Mesmo com Sampaoli pressionado, Flamengo tenta provar fase madura mesmo com retrospecto ruim fora na Libertadores

Flamengo
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Time encara o Olímpia às 21h em caldeirão no Paraguai.

Depois de mais uma partida para apagar da memória no Brasileiro, o Flamengo colocará a sua atual fama de time copeiro à prova diante do Olímpia, às 21h, no jogo da volta das oitavas de final da Libertadores. A equipe rubro-negra estará classificado para encarar o Fluminense na fase seguinte até em caso de empate, já que venceu por 1 a 0 no Maracanã. A eliminação só virá se o Flamengo perder por dois ou mais gols de diferença, o que não acontece com o clube no torneio desde 2020. No caso de uma derrota por 1 a 0, a vaga será decidida nos pênaltis.

Se as atuações mais maduras têm aparecido nas competições de mata-mata, o cenário desta vez será perfeito, diante de um retrospecto fora de ruim neste torneio. São três jogos sem vitória longe de seus domínios, com atuações fracas, em uma derrota e dois empates ainda na fase de grupos da Libertadores. A última eliminação nas oitavas de final aconteceu em 2020. A única em que o Flamengo caiu após vencer o primeiro jogo é conhecida. Foi em 2007, quando bateu o América-MX por 4a 2 no Estádio Azteca e perdeu por 3 a 0 no Maracanã, gols de Cabanãs.

Com as voltas de Filipe Luís e Léo Pereira, recuperados, o técnico Jorge Sampaoli só não terá força máxima à disposição devido à ausência do volante Erick Pulgar por lesão. Pesa contra o Flamengo a promessa de um Defensores del Chaco lotado, com o Olímpia adotando uma postura bem mais agressiva em relação ao jogo do Rio, quando jogou por uma bola. Em ocasiões parecidas a equipe demonstrou experiência para eliminar o Atlético-PR e para vencer Grêmio fora de casa na Copa do Brasil. Mas os confrontos internacionais contra Aucas, Ñublense e Racing não trazem boas lembranças.

Por que Sampaoli está desgastado

O cenário de risco na Libertadores deixa a situação de Sampaoli um pouco delicada diante dos últimos acontecimentos. Há sinais claros de um vestiário conflagrado, ainda que sob silêncio dos jogadores e os resultados que dão sustentação. Após o caso de agressão a Pedro, o técnico não mudou seu estilo distante dos atletas, com críticas claras em entrevistas diante dos desempenhos ruins, sobretudo no Brasileiro. A indefinição sobre os titulares e a dificuldade em comunicar quem está ou nãos nos planos também gera desgaste crescente. Mas o foco de Sampaoli tem sido só nas vitórias.

— Sabemos que o jogo no Paraguai vai ser muito difícil, o Olimpia é muito competitivo lá. Temos que ter um nível de conexão ao jogo muito alto para passar de fase. Aqui no Flamengo a realidade é de que precisa vencer tudo que jogue, vamos fazer de tudo para que isso aconteça e para que a gente possa seguir esse caminho — afirmou o treinador.

Desta vez, Pedro estará de volta ao banco de reservas, origem do episódio de agressão do preparador físico Pablo Fernández, que acabou demitido e instaurou nova crise no clube. Com isso, a aposta é novamente na dupla Gabigol e Bruno Henrique, que voltaram a se entender e tem histórico de grandes atuações em jogos decisivos na Libertadores. Do meio para frente o time terá a formação campeão em 2019, com Gerson, Arrascaeta e Éverton Ribeiro. Na defesa, a volta de Léo Pereira deve redundar na presença de David Luiz no banco. Há chance de Filipe Luis reforçar o setor e Ayrton Lucas também ser opção, já que o Flamengo precisa estar ajustado para saber lidar com a pressão que se avizinha em um estádio com 40 mil fanáticos apoiando o Olímpia.

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