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‘Esloveno’ era sérvio e suspeito de ser ‘matador de aluguel’ procurado pela Interpol

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‘Esloveno’ era sérvio e suspeito de ser ‘matador de aluguel’ procurado pela Interpol O homem executado a tiros na frente da esposa e do filho em Santos, no litoral de São Paulo, não é esloveno. Dejan Kovac, como fora identificado inicialmente, era na verdade o sérvio Darko Geisler, procurado pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol). Ele é suspeito de ser matador de aluguel. O crime foi registrado por uma câmera de monitoramento (veja o vídeo acima).

Ele foi executado na Rua São José, no bairro Embaré, em Santos. O sérvio chegou a ser resgatado consciente pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas sofreu uma parada cardiorrespiratória a caminho da Santa Casa de Santos e morreu.

Antes da confirmação sobre a identidade do homem pela Polícia Civil, a esposa de Darko Geisler afirmou ao g1 a vida anterior do marido “não lhe dizia respeito”.

Marceneiro e matador de aluguel

Segundo apurado pelo g1, o homem trabalhava no Brasil como marceneiro. À repórter Yasmin Braga, da TV Tribuna, afiliada da Globo, vizinhos informaram que o homem tinha um comportamento tranquilo, que não levantava suspeitas. Ele morava há quatro anos com a esposa e o filho.

O registro da Polícia Civil, porém, apontou que o nome de Darko Geisler constava na lista de ‘difusão vermelha’ da Interpol (leia mais sobre isso abaixo) como suspeito de ser “matador de aluguel”.

Conforme registrado no boletim de ocorrência, a Polícia Civil passou a investigar a identidade do homem logo após a execução. A corporação colheu provas testemunhais que trouxeram dúvidas sobre a origem dele, ‘confirmada’ inicialmente por um passaporte de nacionalidade eslovena.

A Polícia Civil informou ter entrado em contato com o consulado esloveno em Brasília, onde confirmou que os dados não remetiam a nenhuma pessoa daquele país.

Assim que os investigadores enviaram uma cópia do passaporte ao consulado, o órgão informou que ele pertencia tinha sido perdido por um cidadão em 2017. O documento, inclusive, foi cancelado.

A Polícia Civil concluiu que a vítima da execução em Santos não era o esloveno Dejan Kovac, mas sim uma pessoa até então “desconhecida”. A corporação localizou uma publicação em um site sérvio que mostrava um homicídio cometido por uma pessoa com traços “idênticos” aos do homem.

Os policiais acionaram o Departamento de Inteligência da Polícia Civil (Dipol) e também a Interpol. Segundo o boletim de ocorrência, após tratativas com as autoridades sérvias, a corporação confirmou a identidade da vítima da execução como sendo de Darko Geisler.

Lista da Interpol

De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Civil, contra Darko Geisler havia uma ordem de prisão internacional. Ele era integrante de uma organização criminosa que atua na Sérvia, segundo o registro, e era suspeito de cometer homicídios, além de portar armas e explosivos em Montenegro.

Darko Geisler estava na lista de Difusão Vermelha, também conhecida como ‘red notice’, da Interpol.

Ela permite a prisão da pessoa que está em um país estrangeiro. Portanto, é válida para a detenção de quem está no Brasil e tem a custódia decretada em outro país, como é o caso de Darko, que vivia com documentos falsos.

A equipe de reportagem apurou que o nome e a foto dele deixaram de ser exibidos na lista de difusão vermelha da Interpol após a execução.

O que a polícia ainda investiga?

A Polícia Civil, agora, investiga a vida do homem antes conhecido como Dejan Kovac no Brasil. Fonte G1

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