Funcionários são dispensados pela administração de Milei
A sede da Télam, maior agência de notícias pública da Argentina, foi surpreendentemente lacrada e cercada pela polícia nesta segunda-feira (4). A ação acompanha a dispensa de aproximadamente 700 funcionários da estatal, em meio a uma série de decisões tomadas pelo presidente argentino, Javier Milei.
O presidente anunciou na sexta-feira (1º) sua intenção de fechar a agência, que tem uma história de 78 anos e é uma das principais do país, além de ser uma das maiores em língua espanhola no mundo. Os funcionários foram comunicados sobre a dispensa apenas nesta segunda-feira, através de e-mails recebidos pela manhã, sem qualquer decreto oficial ou anúncio no diário oficial do país.
O Sindicato de Imprensa de Buenos Aires (SiPreBA) repudiou a ação, destacando-a como um ataque à democracia e à liberdade de expressão, prometendo resistência.
Milei justificou sua decisão alegando que a agência se tornou um veículo de propaganda kirchnerista, sem, no entanto, fornecer detalhes sobre prazos ou projetos futuros.
Essa não é a primeira vez que a Télam enfrenta turbulências políticas. Sob o governo do ex-presidente Mauricio Macri, a agência demitiu 354 funcionários, mas uma decisão judicial ordenou a reintegração desses profissionais.
