Política

Bolsonaro afirma não temer julgamento desde que haja imparcialidade

Bolsanaro
BW Press/Shutterstock.com

Durante um evento no Rio de Janeiro neste sábado (16), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) expressou sua confiança nos julgamentos, desde que conduzidos por indivíduos imparciais. Em um discurso de aproximadamente trinta minutos, Bolsonaro abordou diversos tópicos, incluindo os inquéritos dos quais é alvo.

“Não faltarão pessoas para te perseguir, para tentar te derrotar, para te acusar das coisas mais absurdas, até de molestar uma baleia no litoral do Brasil”, destacou Bolsonaro durante o evento, referindo-se às acusações enfrentadas. Sua declaração veio um dia após a divulgação dos depoimentos de ex-comandantes das Forças Armadas, revelando encontros com o então presidente após as eleições de 2022.

O ex-presidente também aproveitou a ocasião para enviar uma mensagem ao Supremo Tribunal Federal (STF), que concentra inquéritos sobre ele e seus aliados. “Poderia estar muito bem em outro país. Preferi voltar para cá [Brasil] com todos os riscos que corro. Não tenho medo de qualquer julgamento, desde que os juízes sejam isentos”, afirmou Bolsonaro.

O evento contou com a presença do atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que também é investigado em inquéritos pela Polícia Federal, além do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Embora não tenha abordado diretamente o conteúdo dos depoimentos recentemente divulgados, Bolsonaro mencionou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o tornou inelegível por oito anos após uma reunião com embaixadores. “Me tornaram inelegível por quê?”, questionou Bolsonaro ao público presente.

Os depoimentos tornados públicos incluem o do general da reserva do Exército Laércio Vergílio, que defendeu a prisão do ministro Alexandre de Moraes para “a volta da normalidade institucional e a harmonia entre os Poderes”. Outros relatos mencionam a esperança de Bolsonaro em reverter o resultado das eleições e a suposta ameaça de prisão feita pelo ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes.

Enquanto o ex-presidente preferiu permanecer em silêncio durante o interrogatório conduzido pela Polícia Federal, diversos ministros-generais que integraram seu governo também optaram pelo silêncio, incluindo Augusto Heleno, Braga Neto e Paulo Sergio Nogueira.

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