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Acesso à moradia para famílias de baixa renda com valores do FGTS Futuro

gustavomellossa/Shutterstock.com

O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (CCFGTS) aprovou uma medida revolucionária nesta terça-feira, permitindo aos trabalhadores brasileiros a utilização dos depósitos futuros do FGTS como uma ferramenta adicional na compra da casa própria. A novidade, que se assemelha a um sistema de “consignado” do FGTS, é direcionada especialmente a famílias com renda bruta mensal de até R$ 2.640, beneficiando-se da faixa 1 do programa Minha Casa Minha Vida.

A medida, a ser oficializada na edição de quarta-feira do Diário Oficial da União, promete entrar em vigor em abril, marcando um antes e depois no mercado imobiliário para a população de menor renda. O novo modelo permite que o dinheiro, habitualmente depositado pelo empregador na conta do FGTS do trabalhador (equivalente a 8% do salário), seja direcionado para a amortização das prestações do financiamento habitacional, elevando significativamente o potencial de compra.

Como Funciona?

A partir dessa mudança, os trabalhadores poderão optar por redirecionar os depósitos futuros de seus FGTS para o pagamento das parcelas de financiamentos habitacionais, oferecendo uma nova via para reduzir o saldo devedor do imóvel. A decisão de aderir ao sistema fica a critério do trabalhador, que deve avaliar junto à instituição financeira a viabilidade e as condições específicas do contrato de financiamento.

Um Exemplo Ilustrativo

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Considerando um trabalhador com salário mensal de R$ 2.000, o novo sistema permitiria que, ao aplicar os depósitos futuros do FGTS por um período de 60 meses (5 anos), o montante financiável aumentasse em até 9%, alcançando aproximadamente R$ 108.000. Este cenário abriria portas para aproximadamente 43 mil famílias anualmente, segundo projeções do governo, potencializando o sonho da casa própria para muitos brasileiros.

Atenção aos Riscos

Contudo, é imperativo considerar os riscos inerentes a essa modalidade. Ao optar pelo bloqueio dos depósitos futuros do FGTS, o trabalhador deixa de acumular recursos no fundo que poderiam ser usados para quitar ou amortizar o financiamento. Ademais, a perda do emprego implicaria a responsabilidade pelo pagamento da dívida, agora sobre parcelas de valor superior, um fator de risco que necessita ser ponderado.

Uma Era de Possibilidades

A aprovação do FGTS Futuro é vista como um marco na política habitacional do país, apresentando uma alternativa inovadora para facilitar o acesso à moradia digna para as famílias de menor renda. Com a perspectiva de beneficiar milhares de brasileiros, essa medida reforça o compromisso do governo em promover soluções eficazes e sustentáveis no setor imobiliário.