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Medicamentos terão aumento médio de 4,5% no Brasil a partir de Abril

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O custo dos medicamentos no Brasil está previsto para aumentar em média 4,5% a partir de abril deste ano. Esse ajuste, que é uma resposta à inflação acumulada de março de 2023 a fevereiro de 2024, reflete o esforço do setor farmacêutico para equilibrar os preços à realidade econômica do país. A estimativa vem do Sindusfarma, entidade que representa os interesses da indústria de produtos farmacêuticos, que se baseia nos dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), indicador oficial de inflação.

A autorização para esse reajuste vem da CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), uma organização vinculada à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que aplica uma fórmula de cálculo específica para determinar o índice anual de reajuste permitido. O governo federal é esperado para endossar essa medida até o final da semana, impactando diretamente cerca de 13 mil produtos disponíveis no mercado.

Este reajuste é uma prática anual, permitida apenas uma vez por ano, com o objetivo de ajustar os preços dos medicamentos ao aumento dos custos de produção observados no período de um ano. Entre os anos de 2014 e 2024, enquanto o IPCA acumulou um aumento de 77,5%, os preços dos medicamentos subiram 72,7%, o que, segundo o presidente executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini, evidencia a estabilidade e previsibilidade dos preços dos medicamentos no contexto da economia brasileira.

Mussolini destaca a competitividade do setor como um regulador natural de preços e sugere que medicamentos de classes terapêuticas com ampla variedade de marcas poderiam ser excluídos do controle de preços, seguindo o exemplo dos medicamentos isentos de prescrição. Essa medida, segundo ele, poderia contribuir para uma regulação mais eficiente e adaptada às dinâmicas do mercado.

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