Inconsistências em currículos podem custar a vaga de emprego
Em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, a honestidade ainda é a melhor política quando se trata de elaborar um currículo. Uma pesquisa recente da consultoria Robert Half revela que cerca de 70% dos recrutadores já descartaram candidatos por detectarem informações falsas ou exageradas em seus currículos. A pesquisa, conduzida com profissionais de recursos humanos, destaca a importância de manter a integridade e transparência durante o processo seletivo.
Os dados do Índice de Confiança da Robert Half (ICRH) lançam luz sobre um problema comum: a tentativa de melhorar a própria imagem por meio de habilidades técnicas infladas e experiências profissionais inverídicas. Cerca de 50,89% dos entrevistados indicaram que já se depararam com candidatos que superestimaram suas capacidades técnicas, enquanto 48,13% notaram falsificações em experiências de trabalho anteriores.
Outro aspecto frequentemente alterado nos currículos é a proficiência em idiomas, citada por 32,68% dos recrutadores. A pesquisa também revelou que quase 30% dos profissionais de RH descartaram candidatos por ocultarem ou distorcerem informações sobre desligamentos anteriores, e mais de um quarto enfrentou candidatos com históricos educacionais fabricados.
Além dessas questões, foram identificadas outras inconsistências, como conquistas pessoais ou profissionais exageradas e participações falsas em projetos significativos. Essas descobertas reforçam a necessidade de sinceridade e autenticidade ao buscar uma oportunidade de emprego.
É importante investir em capacitação e desenvolvimento profissional verdadeiros, ao invés de tentar manipular informações no currículo. “A tentativa de iludir os recrutadores com informações falsas não apenas elimina as chances de conseguir a vaga, como também prejudica a credibilidade do candidato no longo prazo”, alerta Mantovani.
Este levantamento serve como um lembrete crucial para profissionais de todas as áreas: a honestidade não apenas valoriza o currículo, como também pode ser um diferencial positivo em um processo seletivo. Afinal, a sinceridade e a capacidade de admitir lacunas no próprio perfil profissional podem, paradoxalmente, contar pontos a favor do candidato.
Confira dicas para preparar ser currículo
Você está decidido a mudar de emprego ou está sem trabalho e não sabe por onde começar a busca? Calma. Não deixe que o desespero tome conta da situação. Nesse momento, é preciso motivação e organização.
O primeiro passo é a preparação do currículo, seu passaporte para uma nova jornada profissional. Nenhuma vaga de emprego é preenchida sem a análise de currículo. Informações como nome, idade, estado civil e um resumo das qualificações profissionais são as informações essenciais para um bom currículo.
Números de documento como RG, CPF, título de eleitor, certificado de reservista ou da carteira de trabalho são dispensáveis. Esses dados serão necessários posteriormente, caso o candidato seja aprovado na entrevista. “Há pessoas que colocam até se são fumantes, uma informação que não precisa estar no currículo”, observa Nepomuceno.
Experiências
Na hora de colocar as experiências profissionais o texto deve ser rápido para facilitar a leitura. Se o candidato tem muitas qualificações para colocar no resumo, é o caso de priorizar as mais recentes. “O candidato deve lembrar que os selecionadores geralmente têm muitos currículos para ler”, disse.
Entrevista
O momento da entrevista costuma assustar os candidatos. Mas diante do desafio, o conselho é: confiança. O trabalhador deve demonstrar objetivos profissionais e de vida claros, iniciativa, capacidade de aprender e de trabalhar em equipe, além de apresentar-se ao entrevistador bem alinhado, o que significa roupa discreta e sem masclar chiclete, por exemplo.
