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Empregador Doméstico: entenda o impacto da extinção da dedução do INSS no IRPF

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Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Desde o início de 2024, empregadores de empregados domésticos no Brasil se deparam com uma nova realidade tributária, impactando diretamente suas finanças. A eliminação da possibilidade de deduzir contribuições ao INSS para empregados domésticos do cálculo do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) representa uma mudança substancial, afetando cerca de 2 milhões de empregadores em todo o país. A medida, inicialmente vista como uma estratégia para simplificar o sistema tributário brasileiro, acarreta um aumento considerável no imposto devido por muitos contribuintes.

A dedução, que antes permitia um alívio fiscal aos empregadores, contribuindo para a formalização de empregados domésticos, não mais se aplica. A mudança suscita preocupações sobre possíveis retrocessos na formalização desses trabalhadores, uma vez que o incentivo fiscal para a contratação formal foi removido.

Entenda os principais pontos dessa mudança:

  • Objetivo: Simplificar o sistema tributário e corrigir distorções, como o incentivo à formalização com posterior dedução.
  • Impacto financeiro: Aumento no imposto a pagar de até R$ 1.412 por ano para os empregadores. Estima-se que 2 milhões de pessoas foram afetadas.
  • Estratégias para mitigar o impacto:
    • Buscar outras deduções permitidas no IRPF, como despesas com saúde, educação e pensão alimentícia.
    • Procurar orientação profissional para avaliar as opções disponíveis.

Outras informações importantes:

  • A extinção da dedução não afeta o direito do empregado doméstico aos benefícios previdenciários, como aposentadoria e auxílio-doença.
  • A Receita Federal disponibiliza ferramentas para auxiliar na declaração do IRPF, como o simulador e o programa oficial.
  • É importante manter-se atualizado sobre as mudanças na legislação tributária para evitar problemas com o Fisco.

Para enfrentar o impacto financeiro dessa mudança, os empregadores necessitam de adaptação. Explorar outras deduções fiscais permitidas, como despesas médicas, educação e pensão alimentícia, pode oferecer algum alívio. Contudo, a importância da orientação de profissionais da área fiscal torna-se ainda mais evidente, visando a otimização da declaração do IRPF diante das novas regras.

Esta transformação fiscal evidencia a necessidade de uma revisão contínua das políticas tributárias relacionadas ao emprego doméstico no Brasil. O desafio reside em equilibrar a simplificação do sistema tributário com a manutenção de incentivos para a formalização e proteção dos trabalhadores domésticos.

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