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Polanski vence prêmio de melhor diretor no Cesars; mulheres protestam deixando cerimônia

Por Elizabeth Pineau e Richard Lough

PARIS (Reuters) – Roman Polanski lançou uma sombra sobre o Cesar Awards da França na sexta-feira, quando ganhou o prêmio de melhor direção por seu filme “O Oficial e o Espião”, com várias mulheres na plateia deixando a cerimônia em protesto contra a homenagem a um homem que enfrenta acusações de estupro.

As dúzias de indicações do diretor franco-polonês dividiram a opinião na França, um país em que o movimento #MeToo –que inspirou mulheres em todo o mundo a denunciar homens poderosos por má conduta sexual– tem tido dificuldades em ganhar força.

Polanski, de 86 anos, cujo filme também recebeu prêmios de melhor adaptação e melhor figurinista, ficou longe do evento, dizendo que temia ser linchado.

A polêmica girou em torno da inclusão de Polanski no programa de prêmios. Polanski fugiu dos Estados Unidos para a França no final dos anos 1970, depois de admitir ter estuprado uma menina de 13 anos, e enfrenta acusações mais recentes de agressão sexual.

Polanski nega as últimas acusações contra ele.

Durante a cerimônia, a maior noite do calendário de cinema francês, Polanski serviu como para-raios. “É o último (evento) de uma era e o primeiro de outra”, disse a atriz Sandrine Kiberlain, que comandou o evento.

Manifestantes do lado de fora entraram em choque com a polícia pouco antes de os maiores nomes do cinema francês chegarem à sala de concertos Pleynel, mas nenhum deles alcançou o tapete vermelho. Nas proximidades, outros manifestantes acenaram pacificamente cartazes dizendo “Vergonha para uma indústria que protege estupradores”.

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