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Petróleo bate mínima de 18 anos nos EUA diante de isolamentos por coronavírus

Por Jessica Resnick-Ault

NOVA YORK (Reuters) – Os preços do petróleo despencaram nesta quarta-feira, com o valor de referência dos Estados Unidos atingindo uma mínima de 18 anos, conforme governos de todo o mundo aceleram isolamentos para conter a pandemia de coronavírus, que tem levado a demanda global por combustíveis ao colapso.

Os contratos futuros do petróleo perderam mais de metade de seus valores nos últimos 10 dias, à medida que escolas fecharam, negócios foram interrompidos e governos ao redor do planeta apelaram para que a população limite contatos pessoais.

Até o final de março, a demanda global por petróleo pode recuar de 8 milhões a 9 milhões de barris por dia, segundo estimativas do Goldman Sachs.

Nesta quarta-feira, investidores voltaram a demonstrar aversão aos ativos de risco, depois de um alívio nos mercados acionários na véspera. Os índices de ações nos EUA tiveram fortes quedas, com o S&P 500 recuando 7%, o que desencadeou uma interrupção de 15 minutos nos negócios. Os futuros do cobre, enquanto isso, recuaram 6,9%.

O petróleo dos EUA fechou o dia em queda de 6,58 dólares, ou 24,4%, a 20,37 dólares por barril. O “benchmark” norte-americano cedeu 56% nos últimos 10 dias, o que representa a pior sequência de 10 dias desde o início das negociações do contrato, em 1983.

Já o petróleo Brent recuou 3,85 dólares, ou 13,4%, e terminou a sessão cotado a 24,88 dólares o barril, depois de ter atingido uma mínima de 24,52 dólares –o mais baixo nível desde 2003.

“O mercado está em efeito cascata. Está buscando um piso e parece não ter capacidade de encontrá-lo”, disse Gene McGillian, vice-presidente de Pesquisas da Tradition Energy. “Há temores de um colapso econômico por causa do que esse vírus representa, globalmente.”

(Reportagem adicional de Aaron Sheldrick, em Tóquio, Ahmad Ghaddar, em Londres, e Scott DiSavino, em Nova York)

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