Agro

USDA reduz estimativas para oferta de milho e soja nos EUA

Por Mark Weinraub

CHICAGO (Reuters) – As ofertas de milho e soja dos Estados Unidos serão menores do que o anteriormente previsto, com o clima adverso no país reduzindo a área que os agricultores irão colher nesta temporada, disse o governo norte-americano nesta sexta-feira.

Os estoques de soja foram estimados em uma mínima de cinco anos, com o aumento das exportações impactando nas reservas, de acordo com relatório mensal do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês) sobre a oferta e demanda agrícola global.

A tempestade “derecho” que atingiu o Estado de Iowa e “acamou” o milho em importantes áreas de cultivo resultou na diminuição do potencial geral da colheita, afirmou o USDA.

“Grande conclusão –a (oferta de) soja vai ficar mais ajustada, e vai ajudar todo mundo ao longo do caminho”, disse Craig Turner, da Daniels Trading. “Isso só aumenta a importância da safra da América do Sul.”

O panorama deu ainda mais fôlego ao rali recente dos grãos, impulsionado pelo aumento na demanda da China por exportações. Na bolsa de Chicago, os contratos futuros da soja avançaram para o maior nível em mais de dois anos e meio após a divulgação do relatório, enquanto o milho atingiu uma máxima de um ano.

A estimativa do USDA para a produção norte-americana de milho foi reduzida para 14,722 bilhões de bushels, versus projeção anterior de 14,900 bilhões de bushels. Já a safra de soja dos EUA teve a estimativa diminuída de 4,313 bilhões de bushels para 4,268 bilhões de bushels.

Mesmo com a redução no tamanho das safras, ainda há estimativa de produtividades recordes para ambos os grãos. O rendimento da soja deve atingir média de 51,9 bushels por acre, e o do milho foi fixado em 178,4 bushels por acre.

O USDA também reduziu sua estimativa para os estoques finais de milho do país em 336 milhões de bushels, passando a projetá-los em 2,167 bilhões de bushels.

A previsão para os estoques finais de soja dos EUA, por sua vez, foi reduzida em 170 milhões de bushels, para 290 milhões de bushels.

O departamento ainda elevou sua projeção para as exportações de soja do país em 75 milhões de bushels, para 2,200 bilhões de bushels. Mas a previsão para o uso de milho diminuiu, diante da queda na demanda pelo cereal nos setor de etanol e na categoria de rações e resíduos.

(Reportagem adicional de Christopher Walljasper)

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