Agência Brasil

Na hora do Pix, fuja do cheque especial

Novo meio de pagamento instantâneo do Banco Central requer dinheiro na conta e planejamento para não provocar endividamento; entenda

O Pix, do Banco Central (BC), já é uma realidade e está sendo muito bem sucedido desde o início das operações. Estima-se que um total de 12 milhões de transações tenham sido realizadas somente na primeira semana de funcionamento. No entanto, um cuidado é indispensável na hora de usar o Pix para fazer transferências e pagamentos com QR Code: o limite da conta.

Para o funcionamento do Pix é fundamental que o titular tenha dinheiro disponível na conta digital ou tradicional que está sendo utilizada, pois o pagamento é feito à vista. Ter o cuidado de ter saldo positivo é indispensável para não passar aperto na hora do pagamento, nem ter um débito não planejado do cheque especial, disponível em algumas instituições, por exemplo.

De acordo com o presidente da Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros), Reinaldo Domingos, “o lado a ser observado, não é só o da facilidade, é que vamos ter um grande aumento no uso do cheque especial. O pagamento com o PIX é à vista, ou seja, é preciso ter dinheiro na conta. Caso contrário, esse cliente entra no cheque especial e vai começar a pagar juros altíssimos”, destaca.

Como medida de emergência, o cheque especial pode representar um auxílio. Contudo, o uso indiscriminado deste recurso é capaz de comprometer completamente as finanças e levar a pessoa ao endividamento. Isso porque, juntamente com o cartão de crédito, o cheque especial é a modalidade que mais gera juros ao consumidor brasileiro, e desconta automaticamente um valor quando é depositado em conta.

Segundo o BC, o cliente deve ser avisado pela instituição financeira quando não há saldo suficiente para fazer o Pix e que, ao concordar em continuar, estará usando uma modalidade de empréstimo. Portanto, é essencial ter atenção no momento da transação e considerar todas as condições. Muitas vezes um empréstimo é importante para fazer pagamentos urgentes e quitar dívidas maiores, mas sempre procure soluções com menores taxas de juros.

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