Agro

Chuvas freiam deterioração de soja e milho em importante área agrícola argentina

As chuvas registradas nesta semana na Argentina conseguiram frear a deterioração da soja e do milho nas principais áreas produtoras do país, onde uma seca provocou perdas significativas, disseram especialistas nesta quarta-feira.

A Argentina é a maior exportadora global de derivados de soja e a terceira maior de milho. No entanto, devido a uma persistente escassez de água, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BdeC) reduziu sua estimativa para as safras da oleaginosa e do cereal a 44 milhões e 45 milhões de toneladas, respectivamente.

“As chuvas têm sido muito boas. É o primeiro sistema frontal que passa e faz uma varredura completa da área agrícola em quase 45 dias”, disse Germán Heinzenknecht, meteorologista da Consultora de Climatologia Aplicada, que destacou que as precipitações têm atingido, em geral, de 35 a 50 milímetros.

Elas representaram um alívio para os agricultores, que desde fevereiro veem a seca reduzir os rendimentos de seus cultivos. Embora as chuvas cheguem tarde demais para recuperar a produtividade, elas devem evitar mais perdas no curto prazo.

“As chances de que isso se capitalize em mais rendimentos são muito pequenas, mas reduz a queda nos rendimentos e diminui a perda de área plantada com soja de segunda safra”, disse Esteban Copati, chefe de Estimativas Agrícolas da BdeC, que na semana passado havia alertado que poderia voltar a reduzir suas projeções.

Heinzenknecht observou que mais chuvas são esperadas para este fim desta semana e também para o final da próxima.

Já Roberto Suárez, sócio-gerente da empresa agrícola CINA 25, do município de 25 de Mayo, localizando na província de Buenos Aires, afirmou que as chuvas chegaram a tempo para muitos produtores, mas que não evitarão perdas de área plantada na região.

“Aqui já temos produtores que liberaram animais para as áreas em que são plantados milho e soja”, disse.

(Maximilian Heath e Jorge Otaola)

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