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Sem esperança: famílias confrontam perda de vítimas de prédio da Flórida

Por Brad Brooks

SURFSIDE, Flórida (Reuters) – Foi o final que todos temiam. Quatorze dias depois que a torre de um condomínio desmoronou no norte da cidade norte-americana de Miami, agentes de resgate disseram que sua missão agora é de recuperação, já que não há sobreviventes.

“Minha irmã e meu cunhado estavam –estão– naquele prédio neste momento”, disse Martin Langesfeld, falando durante uma homenagem improvisada na noite de quarta-feira a algumas centenas de metros dos escombros, quando a realidade do fim das esperanças se impôs.

Langesfeld, de 23 anos, disse que ainda não consegue expressar suas emoções em palavras. Ele parecia transtornado por estar ali, diante de uma pilha de destroços, falando de sua irmã recém-casada, Nicole, soterrada no local.

“Quero agradecer de verdade”, disse ele, olhando nos olhos dos membros da equipe de resgate a alguns metros de distância, que ele louvou por colocar seu “sangue, coração e alma” na tentativa de encontrar Nicole com vida.

“Não tivemos o desfecho que queríamos. Mas nos tornamos uma família.”

Para Langesfeld e tantos outros familiares das vítimas, a quarta-feira foi um dia brutal no qual tiveram que se conformar com o destino insondável de seus entes queridos. Não haverá resgates milagrosos nos restos do edifício Champlain Towers South, que desmoronou em 24 de junho, soterrando dezenas de pessoas.

Até agora, as autoridades dizem ter recuperado 64 corpos. Teme-se que outras 86 pessoas desaparecidas estejam mortas.

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