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EUA finalmente encerram seca de ouros com vitória no revezamento 4x400m

Por Sudipto Ganguly e Omar Mohammed

TÓQUIO (Reuters) – A equipe masculina dos Estados Unidos levou sua primeira medalha de ouro na pista do Estádio Olímpico de Tóquio neste sábado ao vencer com folga o revezamento 4×400 metros e encerrar uma seca que havia gerado fortes críticas.

Os homens norte-americanos tentavam evitar a infâmia de não conquistar uma medalha de ouro na pista pela primeira vez nos 125 anos de história dos Jogos – com exceção do ano do boicote em 1980 – e acabaram deixando para o último evento.

A equipe norte-americana formada por Michael Cherry, Michael Norman, Bryce Deadman e Rai Benjamin assumiu a liderança da prova bem no começo e deixou os adversários para trás para vencer com o seu melhor tempo na temporada, em 2min55s70.

A Holanda ficou com a prata, em um tempo recorde para o país de 2min57s18, e Botsuana ficou com o bronze.

Ryan Crouser, que manteve o título de arremesso de peso na quinta-feira, era o único medalhista de ouro masculino dos Estados Unidos no atletismo até a corrida de sábado.

O desempenho da equipe masculina de pista dos EUA atraiu críticas de grandes nomes do atletismo norte-americano, incluindo Carl Lewis, nove vezes medalhista de ouro nas Olimpíada, que descreveu algumas das atuações como “uma vergonha total”.

A vitória no sábado, com o melhor tempo da temporada, ajudou a estancar a sangria, terminando à frente dos holandeses e de Botsuana, que conseguiu o recorde africano para levar o bronze, apenas a segunda medalha olímpica da história do país em qualquer esporte.  

“Corremos para mais um recorde nacional. Demos tudo que tínhamos. Não posso culpar os caras, eles correram bem”, afirmou Isaac Makwala, de Botsuana, a repórteres. “Simplesmente fomos bem”.

Ramsey Angela, da Holanda, voou na reta final para superar Botsuana e levar a medalha de prata, com um tempo recorde para o país.

Seu compatriota Liemarvin Bonevacia ficou contente com a primeira medalha olímpica da Holanda no evento.

“É histórico. É a primeira vez que disputamos a final e chegar até o pódio é incrível”, disse.

“Não consigo explicar o que isso significa. Eu nasci em Curaçao, uma ilha muito pequena no Caribe. Agora eu represento a Holanda e o faço com todo o meu coração. Estávamos gritando que nem loucos”.  

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