Economia

Telefônica Brasil tem queda de 45% no lucro do 2º tri, pressionada por custos

SÃO PAULO (Reuters) – A Telefonica Brasil informou nesta terça-feira que seu lucro do segundo trimestre caiu 44,6% ano a ano, uma vez que custos financeiros e operacionais mais altos compensaram os bons resultados de sua unidade de telefonia móvel.

A empresa, unidade da espanhola Telefonica, que atua no Brasil com a marca Vivo, teve lucro líquido de 746 milhões de reais.

O resultado foi afetado principalmente por um salto de 282% nas despesas financeiras, uma vez que a empresa assumiu mais dívidas para pagar a aquisição de licenças 5G e o negócio de telefonia móvel da operadora Oi, em um momento de aumento dos custos de empréstimos.

O resultado operacional medido pelo lucro recorrente antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de 4,58 bilhões, alta de 8,3% em relação ao ano anterior.

A receita operacional líquida do período cresceu 11,1%, para 11,83 bilhões de reais. A receita líquida dos serviços de telefonia móvel cresceu 16%, para 8,1 bilhões de reais, impulsionada por novos clientes trazidos da Oi, da qual a Telefônica comprou uma fatia por meio de um consórcio em 2020.

A migração dos clientes da Oi deve ser concluída até o final do primeiro trimestre de 2023. Em meio à inflação galopante no Brasil, os custos operacionais da Telefônica aumentaram 27,3% no período, atingindo 5,06 bilhões de reais.

Em nota a clientes, o Citi afirmou que, apesar das tendências saudáveis das receitas, o impacto combinado da inflação de custos e dos encargos financeiros mais altos pressionaram a lucratividade além das expectativas.

“Acreditamos que isso provavelmente gerará uma reação negativa amanhã”, afirmou o banco, que manteve recomendação neutra para as ações da companhia.

(Por Peter Frontini)

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