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Instagram: Lua, Jake, Gael já nasceram influencers e acumulam milhões de seguidores

Lua Jake Gael instagram
Reprodução instagram

Instagram: Lua, Jake, Gael já nasceram influencers e acumulam milhões de seguidores Eles têm poucos anos de vida, mas milhões de seguidores. Esses mini-influenciadores digitais já “viralizavam” ainda na barriga da mãe e, hoje, têm perfis em redes sociais com posts frequentes, diversos e até monetizados.

Como determinam os termos de uso do Instagram, a descrição dessas páginas deixa claro que elas são administradas pelos pais das crianças, que já tinham influência no meio digital.

É o caso da Lua, filha dos ex-BBBs Viih Tube e Eliezer, e das “Marias” (Maria Alice e Maria Flor), filhas da influenciadora Virginia e do cantor Zé Felipe. O g1 fez uma lista com nove perfis de crianças brasileiras que têm bastante repercussão no Instagram 

Apesar do sucesso e da possibilidade de ganhos financeiros, a exposição nas redes sociais de forma prematura também pode fazer a criança desenvolver uma ansiedade para ser aceita pelas pessoas, alerta o professor Murilo Karasinski, da disciplina de ética, opinião e responsabilidade do curso de economia da influência digital da PUC-PR 

Recentemente, Viih Tube e Eliezer deram uma entrevista ao Fantástico sobre ataques que a filha Lua vem sofrendo nas redes sociais. Eles contaram que chegaram a pensar em parar de postar fotos da menina após a onda de xingamentos.

As bebês da influenciadora Virginia e do cantor Zé Felipe, filho do sertanejo Leonardo, já colecionavam seguidores antes mesmo de virem ao mundo.

O perfil “Marias Baby” no Instagram foi criado ainda durante a primeira gravidez de Virginia, para registrar a chegada da Maria Alice. Quando Maria Flor nasceu, a página foi adaptada e hoje soma 7,7 milhões de seguidores.

O canal é recheado de fotos das meninas e serve também para divulgar a marca “Maria’s Baby”, de itens de banho e hidratação, lançada um dia após o nascimento de Maria Flor.

Os conteúdos são publicados pelos pais, mas as legendas são feitas para parecer que foram escritas pelas próprias crianças. “Bom dia pessual e flores do diiia vim chamar minha irmã para descer e brincar comigo ”, diz um dos posts.

Com um destaque para “mesversários”, o Instagram da filha da cantora MC Loma é de “explodir o fofurômetro”.

A pequena Melanie tem 2,6 milhões de seguidores, com quem compartilha suas festinhas e inúmeras fantasias. Tem de Simpsons, Wandinha, Pequena Sereia, As Branquelas e até Crepúsculo.

Lua

“Nasci uma ariana com ascendente em touro, de 3,555kg, com 49 cm, e de boa com a vida.” Essa é a descrição do perfil no Instagram da Lua, filha de 7 meses dos ex-BBBs Viih Tube e Eliezer.

Atualmente com mais de 2,5 milhões de seguidores na plataforma, Lua já tinha a página antes mesmo de nascer, ou de saber se seria menino ou menina.

O canal foi utilizado para registrar o andamento da gravidez da Viih, os exames de ultrassom, montagem do quartinho e o chá-revelação. Também teve vídeo do parto e, depois, começaram as fotinhos da pequena.

Atualmente, Lua faz campanhas publicitárias e já faturou R$ 1 milhão, segundo a mãe. Além disso, ela é garota-propaganda da marca de roupas infantis “Baby Tube”, empresa de Viih Tube criada em maio deste ano, no Dia da Mães.

Bia e Caio

Quem também está na lista dos bebês influencers são os filhos da influenciadora Tata Estaniecki e do youtuber Júlio Cocielo.

A mais velha, a Bia, tem 3 anos e 2,4 milhões de seguidores. E o irmãozinho Caio, de apenas 6 meses, também já ganhou o seu próprio perfil.

No perfil de Bia, têm dancinhas com a mãe e fotos passeando. Já Caio encanta os seguidores com fantasias dos Minions, Toy Story, Power Rangers e Os Incríveis.

Jake

O pequeno Jake é filho da influenciadora Sammy com o ex-BBB Pyong Lee. Aos 3 anos, ele tem 2,3 milhões de seguidores no Instagram.

O menino nasceu enquanto o pai estava confinado na casa mais vigiada do Brasil, na edição de 2020. Pyong viu o rosto do filho pela primeira vez quando venceu a “prova do anjo” no programa, o que permite ao participante receber um vídeo de seus familiares e amigos.

No Instagram, Jake aparece principalmente acompanhado da mamãe Sammy, com looks estilosos e fazendo atividades do dia a dia.

Gael e Nikki

Gael, de 4 anos, e Nikki, de 2, são filhos do youtuber Christian Figueiredo e da cantora Zoo. Cada um deles tem seu próprio perfil no Instagram, administrado pelos pais, além de uma página conjunta chamada “Irmãos Figueiredo”.

O perfil de Gael soma 2 milhões de seguidores e, além de fotos do menino, tem vídeos como de tour pelo quarto, trollagens e receitas, inclusive com participação de outros influenciadores.

‘Sharenting’ com equilíbrio

O hábito dos pais de publicar fotos e vídeos sobre a vida dos filhos na internet pode ser chamado de sharenting, uma combinação, em inglês, das palavras “share” (compartilhar) e “parenting” (parentalidade).

Assim como o termo, o próprio uso das redes sociais ainda é novo na sociedade, o que não permite saber exatamente as consequências a longo prazo da superexposição no mundo digital.

“A gente talvez ainda não tenha aprendido a lidar com isso, mas isso não significa que a gente não tenha que agir com responsabilidade em relação ao que a gente posta”, destaca o professor Murilo Karasinski, da PUC-PR.

Segundo ele, “as redes sociais trazem um mundo de ilusão, na qual a gente aparece com a melhor roupa, o melhor sorriso, a melhor narrativa sobre nós”, e isso pode fazer com que uma criança que entra nesse cenário de forma prematura tenha uma visão distorcida da realidade.

“No mundo real, ninguém vai bater palma para você o tempo todo”, diz. “E se essa criança não for aceita, receber comentários negativos, será que ela tem maturidade para entender essas críticas que foram feitas a ela?”

Para o professor, “é responsabilidade dos pais ver quando essa exposição pode interferir na saúde dos filhos”, principalmente nos casos em que elas não foram questionadas sobre a divulgação.

“Em algum momento, quando ela tiver o mínimo de entendimento, é importante questionar se ela faz aquilo porque realmente quer ou porque virou uma obrigação, uma profissão. E aí é preciso respeitar a vontade dessas crianças”, completa. Fonte g1

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