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Entenda a diferença entre surto, epidemia, pandemia e endemia de dengue

Dengue
Jarun Ontakrai/Shutterstock.com

À medida que o Brasil enfrenta um aumento nos casos de dengue, muitos se veem em meio a um vocabulário específico de saúde pública, frequentemente confundindo termos como surto, epidemia, pandemia e endemia. Essas palavras, que ganharam destaque durante a crise da Covid-19, são cruciais para entender a natureza e a escala dos desafios de saúde enfrentados atualmente.

Definições Cruciais na Luta Contra Doenças

  • Surto: Este termo é usado para descrever o aumento localizado de casos de uma doença, como um surto de gripe em uma empresa ou de catapora em uma creche. Ele se caracteriza por sua restrição a uma localidade ou grupo específico.
  • Epidemia: Caracteriza-se por um aumento inesperado no número de casos de uma doença em uma região específica. O Brasil, por exemplo, tem visto epidemias de dengue em várias de suas regiões, levando autoridades a declarar emergências de saúde pública em estados como Acre, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e o Distrito Federal. A epidemia é um fenômeno mais amplo do que o surto, afetando uma população maior em uma área geográfica mais extensa.
  • Pandemia: Uma epidemia que se estende por várias regiões do globo, afetando um grande número de pessoas. A pandemia de Covid-19 é o exemplo mais notório recente, destacando a rápida disseminação global de uma doença.
  • Endemia: Difere dos termos anteriores por se referir à presença constante de uma doença ou agente infeccioso em uma área geográfica específica, com números de casos dentro do esperado para aquela região. Doenças como a meningite e a tuberculose são consideradas endêmicas no Brasil, ocorrendo com regularidade esperada anualmente.

Desafio Atual: Controlar a Dengue

O país se depara agora com o desafio de controlar o aumento de casos de dengue, com expectativas de que o pico ocorra até maio. Especialistas enfatizam a importância de medidas preventivas para evitar mortes e controlar a disseminação da doença.

Renato Kfouri, infectologista e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), esclarece a distinção entre os termos e a importância de compreender suas diferenças para uma resposta eficaz às situações de saúde pública.

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