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Minha Casa Minha Vida: Como ficam os imóveis com as novas regras e a queda dos juros?

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Foto: Marcelo S. Camargo / Governo do Estado de SP

A nova onda de otimismo invade o mercado imobiliário do Brasil, trazendo boas notícias para compradores e investidores. As recentes modificações no programa “Minha Casa, Minha Vida” (MCMV), somadas à redução da taxa básica de juros, sinalizam um horizonte promissor para o setor. A Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) revela um avanço notável, com um incremento de 24% nas vendas de imóveis em 2023, alcançando a marca de 163,1 mil unidades.

A expansão não se limita apenas à quantidade de imóveis vendidos. O setor experimentou um salto de 34,7% no valor total de vendas, atingindo impressionantes R$ 47,9 bilhões. Este crescimento foi particularmente acentuado no segmento MCMV, que viu um aumento de 42,2% em unidades vendidas, totalizando 117,4 mil unidades, e uma elevação de 55,1% no valor das vendas, que chegou a R$ 26 bilhões.

Expectativas de Preços

Contrariando as expectativas de uma possível redução nos preços dos imóveis, especialistas apontam para a manutenção dos valores atuais. As incorporadoras enfrentam pressões em suas margens e custos de construção ainda elevados, o que sugere uma tendência de estabilização dos preços, mais do que uma queda acentuada. A moderação nos preços vista em 2023 indica um mercado em ajuste, após períodos de valorização.

A redução nas taxas de juros e as políticas mais flexíveis de acesso ao crédito emergem como motores desse crescimento. Adicionalmente, as atualizações no programa MCMV incentivam tanto consumidores quanto construtores, criando um ambiente favorável para novos investimentos e aquisições imobiliárias. A continuidade da política de diminuição dos juros, aliada às reformas habitacionais, amplia a confiança no setor.

Apesar da improbabilidade de queda nos preços em 2024, o mercado imobiliário segue vibrante, oferecendo excelentes oportunidades para quem deseja investir ou adquirir a casa própria. Com financiamentos mais acessíveis e condições atrativas, o momento é ideal para entrar no mercado. O setor continua adaptando-se às transformações econômicas e às necessidades dos consumidores, mantendo-se como um pilar de oportunidades no cenário nacional.

ENTENDA AS NOVAS REGRAS DO MINHA CASA MINHA VIDA

Renda: A primeira mudança anunciada pelo governo foi a atualização das três faixas de renda do programa. Na faixa 1, se enquadram as famílias com renda até R$ 2.640,00 mensais. A faixa 2 contempla pessoas com renda de R$ 2.640,01 a R$ 4.400 mensais. Já na faixa 3 serão atendidas as famílias com renda mensal que varia de R$ 4.400,01 a R$ 8.000,00.

Subsídio: Outra modificação é o aumento do subsídio — parte do preço do imóvel que é paga pelo governo, e é usada para abater o valor do imóvel adquirido, e que se reflete também posteriormente no montante a ser parcelado no financiamento. Neste caso, o subsídio entra no valor de entrada do imóvel. Ele passou de R$ 47,5 mil para até R$ 55 mil, para as famílias nas faixas 1 e 2. A medida permite a inclusão de mais famílias no programa, que anteriormente não teriam a possibilidade de desembolsar o valor da entrada, e adquirir o imóvel.

Valor do imóvel: Ainda há o aumento do valor máximo do imóvel para a faixa 3 , que passou para R$ 350 mil, válido para todo o país. O teto dos imóveis para as faixas 1 e 2, por sua vez, ficou entre R$ 190 mil e R$ 264 mil — de acordo com a localização do imóvel.

Juros: Além dessas mudanças, a população do Sudeste, com renda até R$ 2 mil, ainda conta com a redução da taxa de juros de 4,5% para 4,25% ao ano.

CONFIRA O PASSO A PASSO

O Minha Casa, Minha Vida possui três faixas de enquadramento.

Faixa 1

  • A quem se destina? A faixa 1 contempla famílias com renda bruta mensal de até R$ 2.640
  • Como me inscrever? Procure a prefeitura ou o estado, ou ainda a Entidade Organizadora da cidade e solicite a inscrição no Cadastro Habitacional.
  • A aquisição do imóvel ocorre por meio de parcelamento, em 60 meses, sem juros, com parcela mínima de R$ 80 e máxima de R$ 330,00.
  • Se você for beneficiário do Bolsa Família ou do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e for contemplado ao programa, já recebe o imóvel quitado e fica isento do pagamento das prestações. É proibida a transferência do imóvel pelo período de 60 meses.
  • Fique atento aos prazos estabelecidos. A perda de alguma data pode prejudicar na aquisição do imóvel.

Faixas 2 e 3

O interessado pode fazer uma simulação no site da Caixa ou no Aplicativo Habitação. Em seguida, basta procurar uma agência ou um correspondente bancário.

Outra possibilidade é procurar uma imobiliária, um corretor ou uma construtora, já que o MCMV financia tanto imóveis novos quanto usados.

No aplicativo Habitação, o cliente também pode realizar quase todas as etapas necessárias, desde a simulação, o envio da documentação, até a avaliação de crédito, sendo necessário ir à agência do banco somente para a assinatura do contrato.

CONDIÇÕES

  • Não ter renda superior ao limite do programa;
  • Não ser titular de contrato de financiamento imobiliário vigente;
  • Ser proprietário, promitente comprador ou titular de direito de aquisição, de arrendamento, de usufruto ou de uso de imóvel residencial, regular, em qualquer parte do País.
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