Brasil

HPV: vacina previne câncer, mas adesão segue abaixo da meta

Vacina Gripe
Tong_stocker/shutterstock.com/

O Sistema Único de Saúde (SUS) reforça seu compromisso com a prevenção de doenças ao disponibilizar, gratuitamente, a vacina contra o HPV para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos. Este importante passo visa combater o vírus do papiloma humano, associado a uma significativa parcela de casos de câncer, incluindo colo do útero, ânus, pênis, vulva, vagina e orofaringe.

Desde sua inclusão no Plano Nacional de Imunizações (PNI) em 2014, inicialmente voltada para meninas e posteriormente estendida para meninos em 2017, a vacinação busca atingir coberturas vacinais que garantam proteção ampla. No entanto, os índices de vacinação, especialmente entre os meninos, permanecem abaixo do desejado, destacando a necessidade de intensificar esforços de conscientização.

Especialistas apontam a desinformação e o preconceito como barreiras significativas para a adesão ao programa de vacinação. Ainda há quem acredite que a vacina possa antecipar o início da vida sexual dos jovens, uma noção firmemente rebatida por profissionais da saúde que enfatizam o foco da vacinação na prevenção de doenças graves.

A estratégia inicial de aplicação nas escolas, que levou a uma cobertura vacinal quase total, é lembrada como modelo de sucesso. Atualmente, a busca ativa nas unidades de saúde apresenta-se como desafio adicional para as famílias, apontando para a necessidade de estratégias mais eficazes de distribuição.

Dados recentes do Ministério da Saúde indicam que a cobertura vacinal contra o HPV ainda está distante dos 90% recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para as meninas, com um cenário ainda mais crítico entre os meninos.

O SUS estende o acesso à vacina a um grupo mais amplo, incluindo pessoas de 9 a 45 anos em condições clínicas especiais, vítimas de abuso sexual, além da população geral de 9 a 14 anos. Essa medida destaca a importância da prevenção desde a infância e adolescência, antes do início da vida sexual, maximizando a eficácia da vacina.

Profissionais da saúde reforçam que o HPV é um dos vírus de transmissão sexual mais comuns, com potencial de provocar desde verrugas genitais até lesões pré-cancerosas e diversos tipos de câncer. Por isso, a vacinação é vista como ferramenta essencial na luta contra essas doenças.

Com essa iniciativa, o Brasil avança na proteção de sua população jovem contra doenças graves associadas ao HPV, reiterando o papel vital da vacinação no sistema de saúde pública.

To Top