São Paulo

Vídeo mostra deputado Da Cunha querendo matar a mulher

Vídeo mostra deputado Da Cunha querendo matar a mulher

Um escândalo de violência doméstica envolvendo o deputado federal Carlos Alberto da Cunha, também conhecido como “Delegado da Cunha”, ganhou destaque após uma reportagem do programa Fantástico, exibida no domingo (17). O deputado, que obteve mais de 180 mil votos em São Paulo graças à sua popularidade na internet por vídeos de ações policiais, agora enfrenta graves acusações por agredir sua ex-companheira, Betina Grusiecki.

A controvérsia veio à tona com a divulgação de um vídeo gravado por Betina, onde se ouvem insultos e ameaças de morte proferidas pelo deputado. A vítima alegou à Justiça que, durante uma das discussões, Da Cunha a agrediu fisicamente, chegando a bater sua cabeça contra a parede e tentar sufocá-la. Este episódio de violência ocorreu em outubro do ano passado, marcando apenas um entre vários atos de agressão relatados pela ex-companheira durante os três anos de relacionamento.

O vídeo, nunca antes revelado ao público, mostra a tensão e o medo vivenciados por Betina, evidenciando as graves acusações contra o deputado. Apesar das negativas de Da Cunha, exames do IML confirmaram lesões corporais leves e escoriações em Betina, corroborando sua versão dos fatos.

Em resposta, o deputado registrou um boletim de ocorrência alegando ser ele o agredido, uma versão refutada pelo Ministério Público que concluiu ser a ação de Betina legítima defesa. Além disso, Da Cunha tentou justificar o ocorrido com argumentos psicológicos e espirituais, mas as consequências de seus atos levaram a Justiça a impor medidas protetivas a favor de Betina e seus pais, assim como a exigência de que o deputado entregasse suas armas.

Diante da repercussão negativa, o advogado do deputado, Eugenio Malavasi, defendeu seu cliente, alegando que o contexto de “cólera” e “briga” não deveria afetar a carreira política de Da Cunha, embora admita a necessidade de uma análise pericial do vídeo.

Enquanto a acusação segue para julgamento, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que o deputado já responde a cinco procedimentos na Corregedoria, sem decisões definitivas até o momento. Betina Grusiecki, por sua vez, optou por não se pronunciar publicamente sobre o caso.

Este incidente levanta questões importantes sobre violência doméstica e a responsabilidade de figuras públicas, reacendendo o debate sobre a importância de medidas protetivas e ações legais eficazes contra agressores.

To Top