Em uma notícia animadora para locatários por todo o Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Mercado (IGP-M), utilizado como referência para a correção de grande parte dos contratos de locação, demonstrou recuo pelo segundo mês consecutivo. Conforme divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira, o índice apresentou uma redução de 0,47% em março, acumulando um decréscimo de 0,91% no ano e de 4,26% nos últimos 12 meses. Este movimento sinaliza uma estabilização nos valores de aluguel, com contratos vencendo em abril isentos de reajuste.
Esta tendência de queda vem após o IGP-M registrar um decréscimo de 0,52% em fevereiro. Em contraste, março do ano anterior viu uma modesta elevação de 0,05%, totalizando um aumento de 0,17% em 12 meses. Esses indicadores são cruciais para locadores e locatários, pois influenciam diretamente os reajustes anuais dos contratos de aluguel.
Interessante notar é que, mesmo com a possibilidade de redução nos valores, a maioria dos contratos de locação inclui cláusulas que previnem a aplicação de ajustes negativos, resultando na manutenção dos valores atuais pagos pelos inquilinos. Isso destaca a importância de estar bem informado sobre as condições específicas de cada contrato.
Outra observação relevante é a crescente adoção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) como parâmetro para novos contratos. Este índice, que reflete a inflação oficial do país, registrou alta de 0,83% em fevereiro, representando outra variável significativa no mercado de locação.
O IGP-M é calculado com base em uma ampla gama de preços, incluindo bens e serviços, matérias-primas agrícolas, industriais e de construção civil. Esta abordagem o diferencia do IPCA, que se baseia em uma cesta de bens para famílias com renda de até 40 salários mínimos, oferecendo uma perspectiva diversificada sobre as variações de preço no país.