Benefícios

Mais de 1,6 milhão esperando por resposta do INSS

INSS com agencia pagamento de aposentadoria
Marcelo Camargo/Agência Brasil

A realidade do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no Brasil apresenta um quadro desafiador para mais de 1,6 milhão de cidadãos, em sua maioria pessoas de baixa renda, que se encontram em uma longa fila de espera por aposentadorias, pensões e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). O cenário atual evidencia uma espera que pode se estender por mais de cinco meses para a obtenção de benefícios essenciais à sobrevivência, uma espera angustiante para quem não possui reservas financeiras para enfrentar tal período sem renda.

Este desafio não é novo: a situação já foi ainda mais crítica em 2019, com a fila atingindo 2,4 milhões de brasileiros. A demanda por aposentadorias, pensões e, em especial, pelo BPC – um salário mínimo destinado a idosos pobres e pessoas com deficiência, que não requer contribuição prévia à Previdência –, destaca a vulnerabilidade de uma significativa parcela da população.

Uma investigação realizada pela GloboNews, por meio da Lei de Acesso à Informação, revelou que o tempo médio de espera para a concessão de tais benefícios ultrapassa os cinco meses. Em um país onde muitos não têm poupança para se manter durante esse período, essa espera se torna insustentável.

O novo presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, trouxe à luz a perda de 18 mil servidores nos últimos anos, deixando o Instituto com uma força de trabalho de apenas 42 mil. Embora estejam previstas contratações adicionais, Stefanutto aponta para a necessidade de aumentar a automação no processo de análise de benefícios, visando agilizar e tornar mais eficientes essas avaliações.

Em uma tentativa de mitigar o problema, o governo enviou ao Congresso um projeto para o Programa de Enfrentamento à Fila da Previdência Social, propondo medidas como a redução do tempo de análise dos pedidos, a efetivação de decisões judiciais pendentes e a realização de perícias médicas. O projeto também inclui a proposta de incentivar servidores através de bônus financeiros, numa tentativa de melhorar o rendimento e a produtividade no INSS.

Contudo, entre promessas e planos de ação, a população mais vulnerável segue como a maior afetada, aguardando uma solução efetiva que agilize a concessão dos benefícios e alivie a pressão sobre milhões de brasileiros que dependem desses recursos para viver.

INSS alerta segurados sobre o golpe da prova de vida online

Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é o maior distribuidor de renda do país, proporcionando cidadania e segurança financeira para mais de 39 milhões de brasileiros e brasileiras. Mas, além de se preocupar na concessão e manutenção de um gigantesco contingente de benefícios, o órgão também mantém no radar o combate aos golpistas, que usam das mais variadas artimanhas para ludibriar a boa-fé dos segurados e seguradas da Previdência Social.

Os golpes são mais diversos, sendo utilizadas, na maioria das vezes, ferramentas virtuais, como mensagens de SMS, WhatsApp e telefonemas, quase sempre oferecendo vantagens e ganhos inexistentes. Um desses golpes rotineiramente aplicados é o da prova de vida online. Nele, os criminosos telefonam para aposentados e pensionistas alertando sobre a suposta necessidade de realizar o procedimento de forma digital. Alegam que é uma nova modalidade adotada pelo INSS.

No passo seguinte, o criminoso, que se passa por atendente do INSS, pede para a vítima confirmar os dados pessoais e bancários. Depois, solicita o envio de uma foto atualizada e dos documentos digitalizados, gerando margem para um golpe pelo WhatsApp. De posse dos dados confirmados e a foto do documento, o criminoso terá mais facilidade para agir e executar a fraude financeira.

Gerente da maior Agência da Previdência Social (APS) no Acre, a unidade Rio Branco, Ocian Florêncio destaca que os golpes prejudicam os aposentados e pensionistas, que, na maioria das vezes, são induzidos pelas facilidades oferecidas pelos golpistas. “Temos uma clientela idosa. Muitos não têm habilidade com as ferramentas tecnológicas e terminam sendo presas fáceis para os criminosos”, diz.

Ocian Florêncio recomenda que os segurados do INSS não aceitem os contatos como verdadeiros. “Sempre que receber telefonema, SMS, mensagem de WhatsApp e e-mail tratando de assuntos relacionados ao INSS, o melhor caminho é não informar os seus dados. Se tiver dúvidas, procure os nossos canais oficiais, como a Central 135, ou aplicativo Meu INSS. Ou peça ajuda a um familiar ou amigo de confiança”, recomenda Florêncio.

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