Dólar hoje opera em baixa a R$ 5,3577 com recorde do Ibovespa e ações fortes no mercado financeiro
Dólar hoje e mercado financeiro registram movimentos mistos nesta segunda-feira, 3 de novembro de 2025, com a cotação da moeda americana fechando em baixa de 0,34% para R$ 5,3577. O recuo ocorre em São Paulo, na B3, impulsionado por otimismo externo e expectativas com a decisão do Copom sobre juros. Investidores acompanham balanços de empresas como Petrobras e Itaú, que influenciam o cenário geral.
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, renovou recorde histórico ao superar 150 mil pontos pela primeira vez, com alta de 0,81% no pregão. Esse avanço reflete confiança em resultados corporativos e fluxos de capital estrangeiro, apesar de tensões globais. A variação no dólar responde a fatores como a postura mais flexível do Federal Reserve nos EUA.
- Cotação do dólar comercial: R$ 5,3577 (variação -0,0184).
- Máxima do dia: R$ 5,3750.
- Mínima do dia: R$ 5,3400.
- Volume negociado na B3: acima de R$ 20 bilhões.
Bitcoin e outras criptomoedas mostram volatilidade, com o BTC recuando 3% para US$ 107 mil, afetado por saídas em ETFs e preocupações com economia global.
Oscilações no câmbio ao longo do dia
O dólar iniciou o pregão com leve alta, mas reverteu a tendência após dados positivos de emprego nos EUA e balanços iniciais de empresas brasileiras. Às 10h, a cotação marcava R$ 5,36, mas caiu para R$ 5,3577 no fechamento, refletindo ajuste de posições.
Fatores externos, como o fim do horário de verão em Nova York, estenderam o horário de negociação na B3 até 17h55, ampliando o volume de operações. Analistas apontam que o real ganhou força com a entrada de investimentos em renda fixa.
Desempenho do Ibovespa em números
O índice Bovespa fechou aos 150.749 pontos, com ganhos concentrados em setores de commodities e bancos. Petrobras (PETR4) subiu 1,2% em antecipação ao balanço do terceiro trimestre, enquanto Vale (VALE3) avançou 0,8% com alta nos preços do minério.
A sessão registrou 450 mil contratos negociados, um aumento de 5% em relação à sexta-feira. Setores como financeiro e energia lideraram os ganhos, com Itaú (ITUB4) registrando alta de 1,5%.
Investidores estrangeiros aportaram R$ 1,2 bilhão na bolsa nesta segunda, o maior fluxo diário em novembro. O giro financeiro totalizou R$ 22 bilhões, sinalizando robustez no mercado.
Dados do IPC-S de outubro subiram 0,14%, acumulando 3,60% em 12 meses, o que reforça expectativas de estabilidade inflacionária. O Boletim Focus revisou projeções para o PIB de 2025 em 2,5%.
Destaques em ações da B3
Ações de educação se destacaram com altas acima de 2%, como Cogna (COGN3) em +1,8% e Ânima (ANIM3) em +2,1%, beneficiadas por recuperação setorial. Fora do Ibovespa, Méliuz (CASH3) dobrou de valor no ano, com +197%.
No setor elétrico, Taesa (TAEE11) anunciou dividendos de R$ 0,30 por unit, impulsionando o papel em 1,3%. BB Seguridade (BBSE3) e Itaúsa (ITSA4) pagaram yields de 11,76% e 10,56% em 2025 até agora.
Direcional (DIRR3) liderou dividendos com 12,29% de yield, seguido por Petrobras em terceiro e quarto lugares com PETR4 e PETR3. Santander (SANB11) distribuiu R$ 0,5359 por unit em novembro.
Vulcabras (VULC3) aprovou R$ 597,6 milhões em dividendos, com data-base em 10 de novembro. Metalúrgica Gerdau planeja R$ 0,19 por ação, ex-direito em 11 de novembro.
Criptomoedas sob pressão global
Bitcoin caiu 3% para US$ 107.654, após pico de US$ 111 mil no fim de semana, com saídas de US$ 1,15 bilhão em ETFs. Ether recuou 4,2% para US$ 3.739,94, e BNB caiu 4,7% para US$ 1.040,79.
XRP, Solana e Cardano registraram perdas entre 4% e 7%, enquanto Dogecoin caiu quase 7%. Aster (ASTER) subiu 6%, Internet Computer (ICP) 3%, e Official Trump (TRUMP) 2%.
A ferramenta FedWatch indica 69,3% de chance de corte de juros em dezembro, o que pode influenciar ativos de risco. Previsões apontam BTC em US$ 120.926 até 5 de novembro, com alta de 9,34%.
Tensões geopolíticas e vendas de “veteranos” pressionam o mercado, mas o limite de 21 milhões de BTC sustenta otimismo de longo prazo.
Fatores que moldam o mercado atual
A decisão do Copom nesta semana pode manter a Selic em 10,5%, com foco em inflação controlada. Balanços do terceiro trimestre mostram lucros crescentes em bancos, com Bradesco reportando R$ 6,2 bilhões, alta de 18,8%.
Embraer (EMBJ3) estreou novo ticker com alta de 1%, acumulando 50% no ano. B3 ampliou receitas com diversificação, projetando lucro de R$ 5,20 bilhões em 2025, +10,8%.
O real apreciou 3,83% no trimestre, vinculado ao petróleo Brent em +2,18%. Especialistas veem estabilização do dólar em patamares elevados, com leve queda nominal.
Orientações para investidores no dia
Manter diversificação em portfólios reduz riscos, com alocação em ações cíclicas como educação e varejo. Monitorar o payroll dos EUA, adiado por paralisação governamental, impacta fluxos globais.
Ajustar posições em renda fixa beneficia de juros elevados, enquanto ETFs de Bitcoin demandam cautela com volatilidade. Analisar yields de dividendos, como os de Taesa e Santander, para renda passiva.
Consultar o Boletim Focus para revisões em PIB e inflação guia decisões. Evitar concentração em um ativo, priorizando fundamentos sólidos em um cenário de inovação via blockchain e IA.