Por Marcelo Teixeira e Nigel Hunt
NOVA YORK/LONDRES (Reuters) – Os contratos futuros do açúcar branco negociados em Londres fecharam em alta de quase 3% nesta quinta-feira, apoiados pelas contínuas preocupações quanto à cadeia de oferta e por um cenário positivo de demanda nos Estados Unidos.
Os futuros do café arábica na ICE, por sua vez, chegaram a avançar no início da sessão, mas reverteram o curso e terminaram o dia em baixa.
CAFÉ
* O contrato maio do café arábica fechou em queda de 1,2 centavo de dólar, ou 1%, a 1,186 dólar por libra-peso.
* A Organização Internacional do Café disse em nota nesta quinta-feira que a demanda dos consumidores pelo produto pode não se sustentar.
* “Depois de uma disparada inicial na demanda, vai haver proporcionalmente menos demanda nas próximas semanas e meses, à medida que consumidores utilizam os estoques mantidos em casa”, disse a OIC.
* O Brasil exportou 2,81 milhões de sacas de 60 kg de café verde em março, alta de 2,4% na comparação anual, disse o Cecafé, que avaliou o resultado como “muito positivo” diante das medidas contra o coronavírus, afirmando que as operações portuárias seguem normais.
* O café robusta para julho recuou 11 dólares, ou 0,9%, a 1.219 dólares por tonelada.
* As negociações de café seguem paralisadas no Vietnã, com o país em um isolamento social de 15 dias para combater o coronavírus, enquanto operadores na Indonésia aguardam a chegada de novos grãos, prevista para maio.
AÇÚCAR
* O contrato maio do açúcar bruto fechou em alta de 0,06 centavo de dólar, ou 0,6%, a 10,43 centavos de dólar por libra-peso, em uma sessão volátil influenciada pelo forte vai e vem no mercado do petróleo.
* Operadores disseram que a perspectiva de aumento na produção do Brasil em 2020/21, em parte devido à fraca demanda por etanol, continua sendo um fator baixista.
* O açúcar branco para maio avançou 9,10 dólares, ou 2,7%, para 348,50 dólares a tonelada, impulsionado em parte pela paralisação de embarques na Índia, o que pode privar o mercado de ofertas após uma safra ruim na Tailândia.
* As importações de açúcar refinado dos EUA foram vistas em alta pelo Departamento de Agricultura norte-americano, que projeta aquisições de 3,88 milhões de toneladas do produto em 2019/20, forte avanço em relação à estimativa anterior, depois que cotas adicionais foram aprovadas.