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Café arábica fecha em forte queda na ICE; açúcar branco avança

NOVA YORK/LONDRES (Reuters) – Os contratos futuros do café arábica negociados na ICE terminaram esta quinta-feira em forte queda, depois de registrarem no início da sessão uma máxima de dois meses e meio.

Já os futuros do açúcar branco, cujas operações ocorrem em Londres, avançaram mais de 3%, impulsionados por possíveis interrupções de embarques na Índia.

CAFÉ

* O contrato maio do café arábica fechou em queda de 5,30 centavos de dólar, ou mais de 4%, a 1,2465 dólar por libra-peso.

* O vencimento chegou a tocar uma máxima de dois meses e meio (1,3065 dólar) no início da sessão, mas reverteu o curso durante o dia e fechou em baixa pela primeira vez desde 17 de março.

* “O mercado está tentando entender as coisas, temos muito a avaliar”, disse um operador nos Estados Unidos, fazendo referência a toda incerteza verificada nos mercados, que tem causado a volatilidade nos preços. “Não apenas a pandemia, mas todo mundo está trabalhando em lugares diferentes, com muita coisa na cabeça, não é confortável.”

* O café robusta para maio recuou 18 dólares, ou 1,6%, para 1.241 dólares por tonelada.

* Os preços do café no Vietnã, maior produtor de robusta do mundo, subiram nesta semana, com traders estocando a commodity após uma escassez de oferta no rival Brasil por causa da pandemia de coronavírus, disseram operadores.

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AÇÚCAR

* O contrato maio do açúcar bruto fechou em queda de 0,08 centavo de dólar, ou 0,7%, a 11,33 centavos de dólar por libra-peso, diante de mais um dia negativo para os preços do petróleo.

* As usinas de açúcar do centro-sul registraram um rápido início na moagem de cana da nova safra, processando 3 milhões de toneladas na primeira quinzena de março, 88% a mais que em igual período do ano passado, segundo a associação Unica.

* O açúcar branco para maio avançou 11,50 dólares, ou 3,4%, para 350,40 dólares por tonelada.

* Um corretor afirmou que o isolamento (“lockdown”) na Índia pode afetar o fluxo de açúcar branco proveniente do país.

* “Na teoria, os portos estão isentos do lockdown, mas muitos dos trabalhadores já estão preocupados e muitos já saíram… Isso faz com que açúcar que já foi vendido não consiga ser escoado”, disse ele.

(Reportagem de Nigel Hunt e Marcelo Teixeira)